
Através da consulta dos processos clínicos de 217 adolescentes seguidos na consulta de Obesidade da Clínica Universitária de Pediatria do Hospital de Santa Maria, entre 2001 e 2004, a responsável pelo estudo, Helena Fonseca, avaliou a prevalência de factores de risco cardiovascular em jovens entre os 12 e os 18 anos. Em 87,5% dos casos, foi encontrada história familiar de doenças cardiovasculares e em 40% havia diabetes na família.
"São números assustadores, que estes jovens devem conhecer, para entenderem que correm risco de vida", diz Helena Fonseca. Aos técnicos de saúde cabe "agarrar estes adolescentes, fazer-lhes ver que têm de emagrecer, não só para se sentirem melhor com o seu corpo, mas para não terem complicações aos 40 anos", diz.
Segundo Isabel do Carmo, endocrinologista no Hospital de Santa Maria, "a insatisfação com o corpo leva, habitualmente, a um descontentamento que potencia o efeito adverso da imagem corporal, o que, por sua vez, leva a medidas pouco saudáveis de controlo de peso". Estima-se que 80% dos adolescentes obesos se transformam em adultos obesos.
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