sexta-feira, novembro 19

Obama em Portugal


Barack Obama aterrou hoje em Portugal por volta das 10h e 57 minutos.

Segundo o Correio da Manhã, o primeiro-ministro José Sócrates recebeu o presidente dos Estados Unidos à porta da sua residência oficial em S. Bento.

O primeiro-ministro, José Sócrates, e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, debatem as relações económicas bilaterais, com destaque para as energias renováveis e a crise internacional financeira, e o processo de reforma da NATO.

Segundo fonte do executivo português, o tema principal da reunião será o das relações económicas e bilaterais, com especial enfoque nas energias renováveis.

Nas relações bilaterais, estará também na agenda a cooperação universitária, assim como uma análise à atual situação económica e financeira internacional.

O segundo tema do encontro entre Sócrates e Barack Obama será o da reforma da NATO, designadamente a revisão do conceito estratégico da Aliança Atlântica, o relançamento da cooperação com a Rússia e o processo de transição no Afeganistão.

sábado, fevereiro 13

Apelo discreto à critica

Tudo muda, e nós mudamos com o mundo. Hoje somos algo melhor, aperfeiçoamos o que somos e crescemos um bocado desde o décimo ano. Já não somos só um "bando de putos" que sabe escrever e tem muito para dizer, agora somos um "bando de putos" que sabe escrever, tem muito para dizer e consegue dize-lo. Temos um mundo para comentar, temos um mundo para criticar. Temos força para nos confrontarmos com o que pensamos. Pode ser o nosso último ano, temos de aproveitar cada minuto.

terça-feira, janeiro 5

Gripe A

Gostam de conspirações? E de doenças que enriquecem os cofres em milhões?
Há muito que se lhe diga sobre este assunto. Aliás, tudo o que se pode dizer começa a estar gasto mas continua a ser polémico.

Vejam, até ao fim, e comentem.

segunda-feira, janeiro 4

Louvor de Garrett - In Publico

Louvor de Garrett

Duzentos anos depois do nascimento do escritor, António Mega Ferreira fez, no PÚBLICO, o elogio da sua obra. Há coisas que o meio ambiente, o tempo histórico, o local onde estudamos nos dão e que nos marcam para sempre.
Entre as muitas coisas novas e diferentes que então se praticavam no Pedro Nunes, havia um grupo de teatro, animado por Maria Helena Lucas, no qual, talvez a partir de 1963, participei activamente. Aí fui escudeiro na Farsa da Inês Pereira, aí li Tchekov pela primeira vez, aí disse poemas de Musset (“Sobre os móveis, o pó, e o pálido fanal” é tudo o que me lembro, para lá da obsolescência adivinhável da tradução e da imagem nítida de, nesse espectáculo, ter contracenado com Ana Zanatti, minha colega de turma), aí fiz um papel em O Alfageme de Santarém. Dos ensaios do Alfageme, aliás, lembro-me bem: passavam-se na vastidão álgida do ginásio antigo, situado no primeiro andar de uma das alas do edifício principal, que dá para a Avenida Álvares Cabral, em frente do Jardim-Escola João de Deus. As récitas, essas, tinham normalmente lugar no pequeno palco arranjado para o efeito na sala dos professores.
Aí – ou nas aulas de Português, mas é natural que ambas as experiências, a teatral e a literária, se tenham complementado – devo ter caído na “poção mágica” do Romeiro de Frei Luís de Sousa. Li o texto pela primeira vez quando tinha 13 ou 14 anos – e ainda não me refiz do fascínio inicial, aumentado pelas muitas releituras, não sei quantas representações teatrais, filmes e telefilmes. Aquele Romeiro, aquela “ameaça” à normalidade feliz do triângulo Maria-Madalena-Manuel de Sousa Coutinho, foi para mim uma fonte de mistério, o sinal de uma coisa que mais tarde, muito mais tarde, reconheceria como “desassossego” (O Livro do dito, convém que se recorde, só foi conhecido em 1982).
Ao mesmo tempo, na quase impenetrável opacidade da literatura que íamos conhecendo (não chegáramos ao Eça, andávamos pelo Sá de Miranda e pelo Camões), o “Ninguém” carregado de presságio daquela espécie de fantasma de D. João de Portugal era uma espécie de “buraco negro” pelo qual se esvaía a normalidade da literatura como “corpus” de coisas a aprender – mas de cujo ensino, parece-me, estava ausente qualquer ligação com a vida, a quotidiana, corriqueira “vidinha” de todos e cada um de nós. Frei Luís de Sousa foi a primeira excepção a este distanciamento entre nós e a literatura que nos ensinavam.
De forma evidentemente não consciente, o que o “Ninguém” do Romeiro me deixava entrever é que, para lá do dito, do explícito, havia – há – no texto literário um amplo espaço de indeterminação, o espaço do mistério, de um segredo que nos cabe adivinhar ou (o que é ainda melhor) simplesmente reconhecer.
Nessa altura, eu não sabia que algum fundo de verdade histórica existia naquele punhado de retratos apenas esboçados por Garrett. É claro que só muito mais tarde descobri em Manuel de Sousa Coutinho o soberbo prosador, cuja vida se dividiu entre a aventura e a literatura, a esta tendo legado a magistral Vida de Dom Frei Bartolomeu dos Mártires. Nem, por maioria de razão, podia saber que o episódio perturbador do Romeiro era enxerto sebastianista (o sebastianismo ficaria para mim envolto em nevoeiro até à leitura, no início dos anos 70, do estudo clássico de Joel Serrão), hoje atribuído a Frei António da Encarnação. O meu fascínio era, por isso, absoluta e exclusivamente literário, funcionando em estado puro de verosimilhança, fora de quaisquer considerações históricas ou ideológicas.
Quer dizer que, naquela indecisão histórica que a figura do Romeiro vem transformar em autêntica tragédia, eu pressentia a vibração de uma outra literatura, uma literatura que não se esgotava na aparência da sua imaginária “perfeição”, porque os textos literários nos eram dados como coisas finais, definitivas. Ora, o Frei Luís de Sousa foi, para mim, nessa altura, o primeiro texto “aberto” que me era dado ler: o “suspense”, a emoção, o desconcerto, o excesso emocional, tudo estava lá, ou, pelo menos, tudo eu imaginava lá figurar. Leio o Frei Luís de Sousa antecipando sempre aquele momento catártico já prenunciado por mil e um sinais, mas adivinhado com a mesma excitação com que somos capazes de antecipar uma sequência já conhecida de um filme visto e amado mais de uma vez (a recepção na corte do rei da Polónia, no Ivan de Eisenstein, o diálogo entre Vienna e Johnny no Johnny Guitar de Nicholas Ray, ou o irresistível diálogo final de Jack Lemmon com o “seu” milionário, no Some Like it Hot de Wilder).
Dorme Maria, no delírio que a febre e os seus sonhos de grandeza alimentam? E Telmo conforta-se na sua apegada ternura pela menina, como se a pureza que ela lhe entrega limpasse a recordação de uma qualquer culpa passada? E Dona Madalena, quem pode dizer, entre os sustos cheios de presságio de Maria e as meias palavras de Telmo, que realmente sossega nos braços de Manuel de Sousa? E Manuel de Sousa, quem aquieta esta extenuante vontade de acção, que o leva de Lisboa à outra margem, uma vez e outra e outra?
O espaço de representação de Frei Luís de Sousa é atravessado por um vendaval permanente: ninguém está bem naquele lugar, ninguém está bem no seu papel e, por isso, Manuel de Sousa acaba por incendiar aquela casa, como se com isso quisesse exorcizar pelo fogo a causa de toda a inquietude. E é extraordinária a curta frase com que Manuel de Sousa Coutinho, o autêntico, descreve o incidente, no prefácio às Obras Poéticas de Jaime Falcão: “Possuído de extraordinária exaltação, furtei as minhas paredes a essa injúria (a requisição dos procuradores) com nova e inaudita metamorfose: foram-se abaixo em fumo e cinzas.”
Frei Luís de Sousa é o livro do desassossego português, antes de ser drama histórico, narrativa amorosa ou tragédia sebastiana. Todas as personagens vivem um mal-estar, cuja causa difusa, corporizada no fantasma de D. João de Portugal, é, afinal de contas, “ninguém”. E qual de nós pode dizer que nunca se sentiu, ainda que por instantes, prisioneiro deste desejo de não ser, neste momento em que existe? “Eu só estou bem onde não estou”, lembram-se? E é preciso ler Frei Luís de Sousa em voz alta, para ouvir o eco que o silêncio entre as palavras nos envia – ou a música que faria da obra-prima de Garrett a ópera portuguesa por excelência.
Sei hoje – e sei dizê-lo – porque é que o Frei Luís de Sousa foi tão importante para mim: a partir daí, a literatura passou a ser, aos meus olhos, o terreno onde se desenhava o risco dos limites e a experiência do indivisível. Com Garrett comecei a aprender o que quer dizer, literariamente, ser moderno.

António Mega Ferreira

In PÚBLICO de 8 de Fevereiro de 1999

sábado, dezembro 5

Escravatura - Direitos Humanos

Escravatura e Direitos Humanos: o passado e o presente

Trabalho realizado por Sara Silva e Catarina Araújo no âmbito da disciplina de História A

terça-feira, novembro 24

Petição para pôr fim à comercialização de espécies de peixes de profundidade

Ajuda-nos a proteger um dos últimos refúgios da vida marinha do planeta!

Assina a petição aos supermercados para pôr fim à comercialização de espécies de peixe de profundidade.Os habitats do mar profundo alojam criaturas misteriosas, frágeis e de crescimento extremamente lento.
Escandalosamente, fora do nosso alcance físico e visual, navios de pesca industrial de meia dúzia de países, entre eles Portugal, estão a destruir a uma velocidade estonteante estes oásis das profundezas, por um retorno económico irrisório a nível global.
A pesca de profundidade é uma actividade inerentemente destrutiva, insustentável e ainda ineficiente. Muitas das espécies capturadas nem são utilizadas para consumo e são devolvidas ao mar já sem vida ou moribundas, enquanto os seus habitats foram irremediavelmente danificados pelo equipamento usado.
Pede aos supermercados classificados a vermelho no 2º Ranking da Greenpeace que assumam as suas responsabilidades e garantam que não vendem espécies capturadas a grande profundidade em alto mar.
Para assinar esta petição vai a:
Podes obter mais informação sobre esta campanha no site da Greenpeace:
http://www.greenpeace.org/portugal/

segunda-feira, novembro 9

A queda da separação...


Hoje é uma data não só importante para a Alemanha, mas para o resto do mundo. Faz hoje 20 que o muro de Berlim, que dividia a RFA e a RDA, caiu. A "cortina de ferro" separou muitas pessoas, muitas vidas. Imaginem só, o nosso país dividido em dois? Imaginem que uma pessoa de quem vocês sentiam saudades, de quem gostavam muito estivesse à distância de uma mera parede, e apesar de estarem tão perto, não se podem ver,não se podem tocar. Imagino a frustração que o Homem deve sentir quando é vencido por uma simples parede.
Um país separado, pois não se conseguiam lidar com as diferenças. Que maneira mais ridícula de resolver a situação não? Uma muro electrificado, guardado por 302 torres de observação, cães de guarda, alarmes...
Alguns tentaram no desespero passar para o outro lado, mas o resultado nunca era positivo.
Mas a queda do muro trouxe a unificação da Alemanha e dos alemães. Pelas notícias ouvimos montes de histórias acerca de reecontros, o que nos faz pensar que não se deve perder a esperança, pois se tivermos paciência talvez o destino volte a sorrir. Tenho pena que aqueles que morreram a tentar passar o muro, não tenham tido a oportunidade de estarem presentes naqueles momentos tão significativos em que o muro foi deitado abaixo, e que de certo vão ficar para sempre como momentos importantíssimos do século XX.

domingo, novembro 1

Um GRANDE dia

A vida é feita de desafios e foi um desafio que nos foi pruposto de um dia para o outro... Mas mesmo assim aceitámos com intusiasmo e pusemos logo mãos à obra. A nossa dedicação valeu-nos um trabalho que todos na escola apreciaram e é interessante ver que graças ao esforço mútuo conseguimos fazer tanto em tão pouco tempo. Sem tempo para nos prepararmos, conseguimos organizar tudo, e improvisar em algumas situações, surpreendendo-nos mais uma vez a nós próprios, provando que somos capazes! Bem, agora só podemos mesmo ficar à espera do que se segue agora, mas seja o que for vamos corresponder às expectativas de certeza!