segunda-feira, junho 1

Ah-ah

Durante a campanha do PS, durante aqueles minutos horriveis de oratória reles mas pensada na televisão generalista, ressaltou uma frase. A senhora que apareceu estava a fazer perguntas que pressupunham convencer da magnificiência do partido, e perguntou: "Quem é que em 2004 reuniu as condições para irmos ao Euro?" A minha resposta é, "o quê?"
Estamos em crise, temos de reduzir os custos, temos de organizar melhor a politica interna, não há dinheiro. Mas tentam convencer a população de que terem gasto milhares de euros em campos de futebol, é algo bom que fizeram pela população. Foi sem dúvida extasiante, o Euro2004, mas o investimento foi algo que a meu ver não é de todo justificável, visto que os campos não estavam degradados ao ponto de ser impossível jogar, mas sei que era uma das condições. De qualquer maneira, não é isto que está em questão. O que pergunto agora é como é que uma coisa como o Euro 2004 pode ser uma das glórias do PS?
O futebol para a nossa população tem tanta importância quanto o pão que davam aos romanos como distracção do que está mal. Se não acreditas em Deus, acredita no poder da bola, vais-te sentir melhor. Uns quantos atrás da bola e demasiados com os olhos postos nela e o mundo até parece um sítio melhor. Problemas? Graças à Bola, não há. O futebol é mais do que um desporto, é uma religião, sim. Futebol, cerveja e meninas. Um desperdicio de milhões? , não me parece
. O Cristiano Ronaldo, que nem sabe falar, merece muito mais centenas de euros por uma hora a andar atrás de uma bola do que alguém que passou cinco, seis, dez, vinte ANOS a aprofundar os seus conhecimentos em prol do desenvolvimento. Melhor, já está marcado o próximo Mundial em Portugal. Não estou dentro do assunto, mas pelo que percebi vai ser patrocionado por Portugal e Espanha, o que já desculpa minimamente, mas, apesar disso não consigo deixar de criticar.
AInda dizem que as crianças não sabem do que falam. Desafio-vos a não concordarem comigo. É assim que comemoro o Dia da Criança. Mostrando que agora, e cada vez mais cedo, nós, adolescentes, estamos mais atentos aos erros do país. Porque será?

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