sexta-feira, outubro 2

Campanha eleitoral

Há certas alturas em que não faltam canetas na casa das pessoas. Essas alturas são chamadas campanhas eleitorais. Aliás nem canetas, nem bonés, nem panfletos, que das duas uma – ou vão imediatamente para o lixo, ou ficam ao pé do telefone, para assentar recados e números de telefone. Os objectos que se oferecem em campanha eleitoral nunca dão jeito, e segundo o meu ponto de vista ter uma caneta de um determinado partido não convence ninguém a votar nele (por mais tempo que ela durar, por mais inovador que seja o formato ou por mais séria que a face lá impressa pareça), mas mesmo assim as casas estão apetrechadas destes objectos de propaganda, dando a impressão de uma praça ou feira no final da altura de campanha eleitoral. Mas o que é mais “curioso” acerca das campanhas eleitorais nem é isto! É o facto de todas as coisas que poderiam ter sido feitas durante anos de mandato, são feitas em poucos meses ou semanas! Afinal não era assim tão difícil fazê-las pois não? Bom, mais vale tarde do que nunca certo? Então a solução podia passar por encurtar o período de mandato, dessa maneira tínhamos sempre novas obras públicas. Mas assim também qual era a mão que aguentava cortar tantas fitas de hospitais, centros de saúde e escolas sem distensões musculares? O que se pode fazer então? Por mais que se tente não se combate a natureza, e os nossos genes lusitanos ordenam estritamente que se deva deixar tudo para a última. E mais não digo pois já é 01:45 e ainda não preparei as coisas para amanhã…