sexta-feira, maio 1

Uma Viagem ao Auto-Conhecimento

Às vezes não damos conta do que somos e do que valemos. Questionamo-nos vezes e vezes sem conta. Será que sou capaz? A resposta pode parecer obvia mas mesmo assim temos duvidas e temos de coloca-la. O que se passa é que nas aulas de educação física uma aluna, chamada Patrícia, está sempre a dizer à professora que não consegue fazer isto ou aquilo, este ou o outro exercício. Até chega a fazer histórias só para não fazer as devidas aulas.
A professora, como é óbvio, chega a duvidar bastante das histórias da aluna. Já falou com ela e mesmo assim nada. No ginásio, é quando fazemos mais exercícios (nomeadamente os de flexibilidade, etc.), Patrícia “chuta” sempre a mesma coisa, “Não sou capaz de fazer isto!”. Os colegas puxam por Patrícia dizendo que todos somos capazes de fazer algo se tivermos confiança, mas mesmo assim a rapariga fica-lhes indiferente. Insiste e persiste no “Não sou capaz de fazê-lo!”.
Certo dia Bianca, uma amiga de Patrícia, disse-lhe que ia ajudá-la a melhorar o seu empenho em educação fisica mas que para isto ela teria de estar mesmo muito empenhada. Assim o prometeu. Foram as duas numa tarde, a seguir ao almoço, para o ginásio. Bianca e Patrícia montaram os aparelhos todos e Bianca fez a demonstração num determinado aparelho e pediu à amiga para o repetir. Mais uma vez Patrícia dizia “Não sou capaz, eu quero muito fazê-lo, mas não consigo”.
Bianca disse à amiga que se voltasse a dizer tal coisa não estavam lá a fazer nada. Patrícia ficou a pensar no que a amiga lhe tinha acabado de dizer e tentou. Mas quando ia a correr para fazer o exercício ela parou, olhou para o chão e sentou-se. Bianca perguntou-lhe “Como é que podes ter tanta certeza que não consegues fazer uma coisa se nunca a tentaste?”. Patrícia levanta-se do chão e não responde à questão. Prepara-se para o fazer. Ao preparar-se lembra-se de tudo o que já lhe disseram e… ela conclui o exercício com êxito. Bianca fica perplexa ao ver a evolução da amiga. Bianca diz-lhe “Vês?! Afinal consegues… e bem!”. Patrícia diz à amiga que não encontra qualquer tipo de justificação possível para ter conseguido, pois desde pequena que tentava mas que não conseguia até chegou a magoar-se a sério. Que, talvez a única explicação fosse de facto uma enorme força que a possuiu e atraiu.
Nas aulas a professora achou estranho não ver Patrícia à sua volta dizendo que não ia fazer a aula por este ou aquele motivo. Mandou fazer os exercícios habituais e Patrícia destacou-se. Todos ficaram espantados como a sua belíssima “actuação”. A aluna foi alvo de vários elogios por parte dos alunos e da professora, que ficou bastante feliz por ela. Hoje em dia, Patrícia é uma das melhores alunas a educação física.
Este é um dos exemplos que temos para que nunca baixemos os braços em que circunstancia for. Nunca devemos desistir sem primeiro tentar.
Uma das palavras de ordem será, certamente, confiança, pois sem ela nada é possível.

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