sexta-feira, maio 1

Obrigado media!

Os media estão longe da perfeição. É um facto mais que provado e comprovado. Manipulam, exploram a privacidade, distorcem a verdade… Mas é um facto que sem ela o mundo não era o mesmo. Sem ela não saberíamos o que se passa longe dos nossos narizes (e até o que está perto destes nos escapa). Precisamos de uma ajudinha extra deste pseudo-amigo, que até nos pode dar informação tão importante como dar computadores aos meninos esfomeados na Etiópia, mas também está lá quando algo de importante acontece. Peço-vos para verem a importância dos media na transmissão de alguns grandes acontecimentos dos séculos XX e XXI

Em 1945, os EUA lançam duas primeiras e únicas bombas atómicas de sempre em Hiroshima e Nagasáqui , acabando com a segunda guerra mundial e matando cerca de 140 a 220 mil pessoas, sem contar com as morte que ocorreram mais tarde devido à radiação. Todo o mundo esteve a par, todo o mundo viu as trágicas imagens desta tragédia, e isso graças à imprensa.

“Um pequeno paço para a o homem, um grande passo para a Humanidade”- Quem não conhece esta famosa frase? Pois provavelmente ela não seria dita, ou por menos conhecida, se não tivesse havido uma transmissão da aterragem do Homem à lua, em 1969. É conhecido o vídeo do simpático Neil Armstrong, aquele sujeito de aspecto bizarro que parecia se esquecer da sua missão para andar a saltaricar pelo “mar de tranquilidade”. Com o contributo dos media, pessoas de todo o mundo ficaram com a cabeça na lua!

A guerra das guerras, como era conhecida a primeira guerra mundial era tema principal dos jornais da época , que procuravam acalmar as mágoas dos que ficavam. Dava a informação do principais desenvolvimento e também as mostrava fotografias, que ainda hoje existem e constituem valiosos espólios de guerra

Os muros que separavam a Alemanha foram derrubados em 1989. O mundo assistiu a queda daquele muro que simbolizava a divisão do mundo em dois blocos.

A segunda guerra mundial foi acompanhada pelos media, não só pelos jornais, mas também através de uma espécie de noticiários que se viam no cinema. Davam as principais notícias da frente, se bem que era um bocado propagandística.

“Adeus e até ao meu regresso” é a frase que nos salta à memória quando pensamos nos media na guerra do ultramar. Os repórteres, principalmente na época natalícia, ocorriam para as Colónias onde a guerra se desenrolava, para falar com os militares, de modo a que estes pudessem tranquilizar as suas famílias. Os repórteres traziam as últimas deste conflito, se bem que nem todas as notícias eram publicadas.

A guerra do Vietname foi a primeira grande experiência de guerra acompanhada pela televisão. Com um pelotão de soldados ia geralmente um repórter que por entre tiros, granadas, sangue e selva, fazia o seu melhor para transmitir o trajecto desse pelotão com fidelidade.

A revolução dos cravos foi acompanhada pelos media portugueses, que tiveram fortes modificações depois desta. A princípio receosos, os jornalistas começaram por fim a ganhar confiança para transmitirem sem restrições, mo que aconteceu naquele dia. Os media tiveram um papel muito importante na transmissão e armazenamento da informação do que aconteceu.

A 26 de Dezembro de 2004, o mundo é surpreendido por notícias espantosas: ondas gigantes atingiram zonas costeiras da África Ocidental, provocando 220.000 mortos. As imagens das ondas a atingirem tudo e todos, os cadáveres nas ruas e os testemunhos na primeira pessoa chocaram o mundo, e transmitiram a dimensão da tragédia.

A 11 de Setembro de 2001 o mundo mudou. O ataque terrorista às torres gémeas em Nova Iorque pôde ser acompanhado ao vivo, a partir de nossas casas. As pessoas nem queriam acreditar no que viam, no que estava a acontecer naquele preciso momento. As imagens correram o mundo, que nunca mais foi o mesmo.

A guerra do Iraque acontece todas as noites na casa das pessoas. Acontece em directo, como se lá estivéssemos. Muitos são os países com equipas de jornalistas efectivos na frente de batalha. As técnicas de transmissão de imagem e som são agora muito desenvolvidas, o que faz espectador sentir-se ligado ao que está a ver, se bem que por vezes possa ser manipulado.

Por isso, para o bem e para o mal, os media estão sempre lá, tanto para nos destruírem células cerebrais com certas e determinadas notícias, mas também para ajudarem a compreender e conhecer o mundo à nossa volta.

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