segunda-feira, maio 25

Crónia sobre a imprensa

A imprensa é o mundo. Sem ela não saberíamos nada, é ela que nos informa sobre o que se passa no Universo, e se por algum motivo acabasse, provavelmente ficaríamos desesperados, um bocadinho mais do que já estamos. Mas é aquela que não serve para nada, que mais gostamos e que nos desperta mais interesse: a imprensa dita cor-de-rosa. Não conseguimos evitar, necessitamos de conhecer a vida das pessoas que se dizem famosas. O que interessa para a minha felicidade saber se a Diana Chaves namora com o César Peixoto ou se a Luciana Abreu se veste bem ou mal? Mas a verdade é que gostamos e lemos. Admito, que eu própria gosto bastante. O que por vezes me enerva. Se calhar porque gostava de ter a vida deles, de ir a festas e receber imenso dinheiro. Pronto, há inveja nas minhas palavras, admito. É uma inveja saudável, mas não consigo evitar. Se esta nossa enorme curiosidade sobre a vida dos outros acabasse, as revistas eram obrigadas a mudar de estratégia de venda. É isso! O que tem de mudar somos nos, porque as revistam só publicam aquilo que gostamos de ler. Somos nos, os consumidores daquelas revistas sem interesse nenhum que lhes damos dinheiro, como se isto estivesse bom para andar a dar dinheiro a alguém. Mas isto seria muito difícil, porque os portugueses não gostam de mudar, a rotina de ler a revistinha cor-de-rosa já faz parte do dia-a-dia. Até eu, que às Quartas-feiras nunca me esqueço de comprar a revista (não vou dizer nomes, porque isso seria publicidade, seria dar-lhes mais dinheiro e como estamos em crise).

Sem comentários: