sexta-feira, abril 17

Liberdade de Expressão nos Media – em falta ou em demasia?

Existem dois pontos de vista para analisar esta questão. Por um lado, sabemos que a Imprensa é manipulada de forma a que certas notícias sejam”disfarçadas”, para proveito de alguns. Ainda verificamos isso, até nos dias de hoje, se uma notícia não é conveniente a órgãos envolvidos, ou se há uma hipótese de repressão pela publicação dessa mesma notícia, essa não é publicada. Será que é totalmente seguro em Portugal criticar altas patentes ou organismos nacionais ou internacionais? Será, sequer, que os media tem o direito de criticar o que quer que seja? Esta não deveria ser imparcial, apenas narrar os acontecimentos sem manipulação ou sem expressar a opinião?A verdade é que os media não tem ainda a liberdade necessária para dar uma versão diversificada e segundo vários pontos de vista às pessoas para que estas tenham uma noção clara dos acontecimentos e perceberem qual a realidade sem serem iludidas.
Mas este assunto é um dilema: Se por um lado os media não conseguem ainda mostrar toda a realidade tal como ela é, e logo há falta de liberdade de expressão, por outro lado vemos a privacidade de certas pessoas ser explorada pelos media, e logo existe liberdade de expressão em demasia.
Que direito têm as revistas de conhecerem detalhadamente a vida amorosa do Cristiano Ronaldo, e de a divulgarem (com pormenores) a quem apetecer ler, semanalmente e a baixo custo? E se alguém cuja vida é explorada e divulgada tem o atrevimento de contestar tal intromissão na vida alheia e logo acusado de atentado contra a liberdade de expressão! A máxima da liberdade é que esta acaba quando a do outro começa… Mas se é imoral “escavacar” a vida privada dos jogadores de futebol, modelos e actores também se podem utilizar os mesmo argumentos para se justificar que divulgar que certos dirigentes políticos ou desportivos possam ser corruptos também é imoral. É a vida privada dessas pessoas que está em causa. Mas então deixava de existir imprensa. E assim voltamos ao dilema. Por isso, se estavam à espera de uma resposta clara e concisa, aviso já que essa não será dada. E por sim, aceito que me acusem de ser uma ameaça à informação e liberdade de expressão.

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