sexta-feira, abril 17

De olho em ti

Sintomas
*
Peso corporal em 85% ou menos do nível normal.
*Prática excessiva de actividades físicas, mesmo tendo um peso abaixo do normal. Frequentemente, anorécticos vêem peso onde não existe, ou seja, o anoréctico pensa que tem um peso acima do normal.
*Em pessoas do sexo feminino, ausência de ao menos três ou mais menstruações. A anorexia nervosa pode causar sérios danos ao sistema reprodutor feminino.
*Nos rapazes poderá ocorrer disfunção eréctil e dificuldade em atingir a maturação sexual completa, tanto a nível físico como emocional.
*Crescimento retardado ou até paragem do mesmo, com a resultante má formação do esqueleto (pernas e braços curtos em relação ao tronco).
*Descalcificação dos dentes; cárie dentária.
*Depressão profunda.
*Tendências suicidas.
*Bulimia, que pode desenvolver-se posteriormente em pessoas anorécticas.
*Obstipação grave.
A anorexia possui um índice de mortalidade entre 15 a 20%, o maior entre os transtornos psicológicos, geralmente matando por ataque cardíaco, devido à falta de potássio ou sódio (que ajudam a controlar o ritmo normal do coração). Pode ser causada por distúrbio da auto-estima.

Tratamento

Deve-se ter duas vertentes, a não-farmacológica e a farmacológica. Entretanto deve-se ter em mente a importância de uma relação médico-paciente satisfatória, uma vez que a negação pelo paciente é muitas vezes presente. Dependendo do estado geral da paciente pode-se pensar em internamento para restabelecimento da saúde. Correcção de possíveis alterações metabólicas e um plano alimentar bem definido são fundamentais. Além disso, o tratamento também deve abordar o quadro psicológico, podendo ser principalmente a terapia cognitivo comportamental e psicoterapia individual. Em relação a abordagem farmacológico tem-se utilizado principalmente os antidepressivos, mas que é uma área que carece de muitos resultados satisfatórios tendo em vista a multicausalidade da doença. Dessa forma, é importante uma abordagem multi-disciplinar, apoio da família e aderência do paciente. As recaídas podem acontecer, daí a importância de se ter um acompanhamento profissional por longa data.

1 comentário:

Ana Catarina Martins disse...

É um tema muito interessante e é actual! tenho pena das pessoas que chegam a esse ponto, basta ter uma fraca auto-estima e não gostar de si que está tudo estragado! Boa escolha!